São Paulo, SP, 28 de outubro de 2010 – O desafio permanente que é a Formula 1 dá o tom, dita o ritmo e é responsável pela incansável busca pelo novo. Um novo que só é alcançado pelo uso permanente da tecnologia e da inquietação das mentes, todos em busca de uma harmonia sempre maior, de uma eficiência ainda não alcançada em um processo que não tem fim.
Uma volta infinita
A Formula 1, se uma comparação pode ser feita, é uma grande e única volta em um circuito interminável onde criatividade, desafio, ciência, técnica, procedimento, método, engenhosidade, descoberta, se sucedem há já 60 anos. Uma gigante e permanente competição responsável pela contaminação benéfica de bilhões de pessoas em todo o planeta, como uma espécie de vacina contra a mesmice, a recorrência e a acomodação.
Um salto no futuro
Não é de se estranhar, então, que repetidas vezes a Formula 1 seja a geradora de soluções e equipamentos que farão parte da nossa convivência diária. Às vezes até mesmo uma simples adaptação ganha contornos novos pelo poder de ressonância que a F1 exerce, uma capacidade suficiente para moldar o amanhã.
Coisas que ficaram no ar
Tratar o ar bem para tê-lo como aliado foi fundamental em 2010, o ano dos “sopradores”. O “soprador 1” aquele do aerofólio traseiro que anula provisoriamente a pressão que ele faz. E o “soprador 2” aquele à cargo dos escapamentos que ajudam constantemente o extrator a exercer ainda mais pressão
Voltando a colocar os pés no chão
Mas nem só dessas diferentes brisas viveram os carros de Formula 1, é preciso cuidar dos chãos por onde eles andam. Foi assim que surgiram circuitos novos e modificações foram feitas em circuitos tradicionais. Sempre motivados por essa busca incessante de aperfeiçoamentos.
Na grama, nos muros e nas tintas
Vejam o que aconteceu em Interlagos, que é o nosso tema. Ganhou grama sintética (200 m2 de produto de última geração que garante atrito muito maior do que a grama natural) em algumas saídas de curvas e ganhou 200 metros de SAFER Barriers (a barreira flex, por assim dizer), um pré-muro feito em aço galvanizado, apoiados em blocos de poliestireno de alta densidade para garantir uma rigorosa dissipação das energias de eventuais impactos. Inéditos os dois presentes, instalado pioneiramente no Brasil em Interlagos, assim como é pioneira e inédita a utilização de uma nova tinta antiderrapante (0,55 de índice de Grip Lateral, aplicado em linhas, zebras e áreas de escape) que rivaliza com o asfalto (Índice de Grip Lateral= 0,52) a sua aderência para aumentar a segurança.
Para o Departamento de Engenharia dos promotores do evento, este emocionante e desafiador GP de 2010 já está chegando à sua bandeirada virtual final, antes mesmo de ter sequer começado. E a próxima volta, aquela de 2011, já está pronta para ser iniciada.
Por Carlos Lua Cintra Mauro direto de Interlagos
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