As competições de velocidade a motor andam permanentemente em um tênue arame de equilibrista. De um lado vestem o santo com as roupas da segurança e da prudência e do outro são obrigados a despir o mesmo santo com ousadia e audácia em busca da fantasia maior da velocidade.
Assim é que todos se empenham e comprometem, em suas áreas, a fazer de tudo mais e melhor para ganhar alguns décimos de segundo por volta e deixar longe os adversários. Ao mesmo tempo trabalham para manter a segurança ativa e as improbabilidades controladas para deixar longe o destino.
Assim é que todos se empenham e comprometem, em suas áreas, a fazer de tudo mais e melhor para ganhar alguns décimos de segundo por volta e deixar longe os adversários. Ao mesmo tempo trabalham para manter a segurança ativa e as improbabilidades controladas para deixar longe o destino.
Quem sai ganhando
Na maior parte do tempo uma rede de proteção invisível se estende eficiente, onipresente e absoluta. Mas em certas ocasiões a mão furtiva da fatalidade arranca até mesmo os seus mais teimosos vestígios e é aí que acontecem fatos como o da Copa Montana de domingo dia 3 de abril de 2011. O acaso mostra, então, a sua força e ceifa rapidamente sonhos, esperanças e o que é pior de tudo: vidas.
Todos no mesmo barco.
Nesse funambulismo figurativo sofrem as pessoas, os corações e sofre ainda a verdade que mesmo como contrapeso não serve mais, tão maltratada que é. Em um instante, que nem mesmo as imagens foram capazes de captar, nos encontramos todos a bordo da mesma dor, uniformizados com a mesma dúvida e remoendo a mesma injustiça. Como é que sumiu assim de repente essa diferença que separava a nossa busca constante por segundos da nossa angústia permanente com as fatalidades?
Em que ferida colocar o dedo.
Passado o espanto, a raiva e a constatação dessa falibilidade, grupos diferentes se agarram ao que estiver à mão e passam a defender posições com o fanatismo dos tementes. Sobram dedos e sobram chagas.
Uma voz serena.
É preciso chamar todos à razão, é preciso respeitar a memória de Gustavo Sondermann que será para sempre querido e lembrado por sua paixão à velocidade. É o que o Autódromo de Interlagos faz porque sabe que é preciso reagir com atitudes sérias e ações objetivas que mantenham os esportes a motor nesse seu equilíbrio sutil, perseguindo os melhores tempos e mantendo bem lá atrás os acasos.
Todos no mesmo barco.
Nesse funambulismo figurativo sofrem as pessoas, os corações e sofre ainda a verdade que mesmo como contrapeso não serve mais, tão maltratada que é. Em um instante, que nem mesmo as imagens foram capazes de captar, nos encontramos todos a bordo da mesma dor, uniformizados com a mesma dúvida e remoendo a mesma injustiça. Como é que sumiu assim de repente essa diferença que separava a nossa busca constante por segundos da nossa angústia permanente com as fatalidades?
Em que ferida colocar o dedo.
Passado o espanto, a raiva e a constatação dessa falibilidade, grupos diferentes se agarram ao que estiver à mão e passam a defender posições com o fanatismo dos tementes. Sobram dedos e sobram chagas.
Uma voz serena.
É preciso chamar todos à razão, é preciso respeitar a memória de Gustavo Sondermann que será para sempre querido e lembrado por sua paixão à velocidade. É o que o Autódromo de Interlagos faz porque sabe que é preciso reagir com atitudes sérias e ações objetivas que mantenham os esportes a motor nesse seu equilíbrio sutil, perseguindo os melhores tempos e mantendo bem lá atrás os acasos.
Nesse momento efêmero que dura eternamente.
Carlos Lua
Autódromo de Interlagos
Carlos Lua
Autódromo de Interlagos
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