quinta-feira, 22 de junho de 2017

NO MUNDO DO LUA: Limpadores de Para-brisas: O ritmo especial de uma vida no vai e vem


Em certos momentos são pacientes Pra lá...pra cá....pra lá....pra cá, às vezes são frenéticos pralápracápralápracápralápracá, outras apenas  calculados pralá...................pracá............. pralá...................pracá, essas são as rotinas mais corriqueiras, existem outras que a criatividade mecânica e a necessidade de espaços impõem, mas são apenas variações do mesmo tema

Texto e fotos: Carlos Lua


Os Limpadores de para-brisas avançam implacáveis e nos defendem contra chuvas, neves, sujeiras, poeiras sortidas, artes de passarinhos, vidas de insetos, óleos queimados, asfaltos despregados, insistentes operadores anônimos de serviços não requisitados nos sinais de trânsito, folhas suicidas, multas carbonadas, cartões de Zona Azul, folheteria diversa, tickets de estacionamento, fumaças monóxidadas e tudo o mais que insiste em entrar em batalha direta contra eles, apoiados pacificamente nesse vidro dianteiro temperado e salvador que nos separa dos cenários externos. Muitos dignos de nota, aliás.


Sim, os Limpadores de para-brisas são aliados importantes, uma contribuição imprescindível para nosso conforto e segurança porque são confiáveis, aparentemente não sofrem de monotonia e apenas, por vezes, saltam, rangem, chiam, assobiam, deixam estrias e nos jogam em perigosos voos cegos. Isso porque nós não cuidamos deles da maneira devida, estamos faltando ao respeito e é bom corrigirmos isso!


Desde que foram patenteados pela senhora Mary Anderson nos Estados Unidos em 1903, demoraram em substituir os rodinhos (só em 1916) que a turma levava dentro dos carros e, de vez em quando, espichava a mão para fora para usá-los. Ainda nessa época eram operados manualmente e só em 1921 se tornaram “automáticos” como diziam.


Imaginem só como evoluiu essa parte mecânica dos veículos de hoje em dia que aguentam uma média de dois milhões de idas e vindas em seu período de vida! Lembrem-se que agora além dos dispositivos de funcionamento intermitente, programável, existem os que entram em ação sem nossa intervenção, mesmo quando não chove. Até mesmo na cidade de Lima no Peru onde nunca chove.


Já pararam para calcular o quanto todas essas idas e vindas se traduziriam em quilometragem para as borrachas (com seus poucos centímetros de espessura) das palhetas? Qualquer coisa perto de 100 mil quilômetros!


Por isso tudo não apenas 1) você deve se valer dessas novas palhetas (que substituem as arcaicas armações de metal por eficientes espátulas de borrachas especiais com uma “alma” de metal que mantém uma pressão constante no para-brisas - seja qual curvatura tiver- mesmo em alta velocidade e 2) cuidar delas com carinho.


Exatamente, de nada adianta você ter palhetas Valeo Evolution II Extra, por exemplo, (quem tem sabe do que estou falando e como elas mudam o jeito de você ver o mundo com suas borrachas especiais, pressão constante e assim por diante), e deixa-la ao léu!  Sempre que puder limpe-a também, todas as vezes em que lavar o carro ou todas as vezes em que parar para abastecer passe um pano úmido na borracha e vai ver que sua vida vai ter uma perspectiva inteiramente nova, nítida e clara.

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