Rosario 03 de janeiro de 2014 – Hoje a Lua continua em quarto crescente e já está 14% visível, marcando a nossa trajetória de acompanhar a 35ª edição do Dakar.
Em Rosário mais um dia inteiro entregue às vistorias técnicas e à arte de se promover enquanto a refrega não começa. Como dizia o cartunista americano Bill Keane; “Ontem é o passado, amanhã é o futuro e hoje é uma benção por isso chamamos de presente” Vamos aproveitar para falar de Motos, Quads, Caminhões e sobre o percurso de amanhã
Como diria o inesquecível e insubstituível Fiori Giliotti radialista e locutor que enchia de imagens, paixão verdadeira e magia as partidas de futebol que narrava. Mas como já comentei ontem passa devagar demais para todos os concorrentes que não vêem a hora de acelerar e colocar esse Dakar à prova. O assunto já cansou de ficar assim só nas suposições e análises., vamos abrir logo “As cortinas do espetáculo” como diria, mais uma vezes, o mestre Fiori.
Como todos os anos promete e vai entregar muito. Principalmente pela partida de Cyril Dèspres (vencedor por 05 vezes) que saiu da KTM (que vence seguidamente desde 2001 somando 12 vitórias) e passou para a Yamaha (que não vence desde 1998 e já somou 09 títulos). Cyril agora de Yamaha 450YZF vai com o seu #1 e idera o esquadrão azul que ainda tem o Francês Olivier Pain #6 (que iniciou liderando em 2013), o holandês Frans Verhoeven #12 e ainda a mais nova promessa francesa Metge #17.
A KTM passou a bandeira de líder do esquadrão laranja para o espanhol Marc Coma (vencedor 03 vezes) que esteve ausente em 2013 e leva o #2 na sua 450 Rally Replica. Para ajuda-lo a manter a série de vitórias o também espanhol Jordi Viladoms #4, o semore rápido Francisco “Chaleco”Lopez #5 e o francês David Casteu #9 que voltou para a KTM depois de um período na Yamaha.
A Honda (que soma 05 vitórias no Dakar) e seu esquadrão vermelho se apresenta com as CRF 450 Rally totalmente renovadas durante o ano todo. Para comandá-los aquele que é provavelmente o mais veloz de todos os inscritos, mas nem sempre é constante, o espanhol Joan Barreda Bort #3, a veloz e experiente dupla portuguesa Hélder Rodrigues #7 e Paulo Gonçalves #10 e ainda a esperança da Argentina com seu tricampeão de Cross Javier Pizzolin. Os olhos brasileiros vão se concentrar em seus dois conterrâneos o veterano (e único brasiLeiro a vencer uma etapa do Dakar) Jean Azevedo #29 e o estreante Dário Júlio #37.
Nenhum representante da BMW (06 vitórias no Dakar) ou da Cagiva (02 vitórias no seu passado)
Para resumir poderíamos tentar algo assim: As Yamaha são sabidamente as motos mais rápidas, as Honda as mais leves e as KTM as que mais vencem. Tema perfeito para discussões intermináveis e análises sem fim, pelo menos até o próximo dia 18
Nos Quadriciclos parece mais fácil
Entre os Quads a situação é bem mais simples. Até hoje venceu a Yamahá nas 05 edições disputadas. Quatro delas vencidas pelos irmãos argentinos Patronelli (02 Alejandro x 02 Marcos) que neste ano são representados apenas pelo Marcos #250 (que já venceu 02 vezes e tem 02 segundos lugares) para pilotar o Yamaha Raptor 700. Um adversário para ele? Vamos arriscar também o Raptor do chileno Ignazio Casale # 251 e do polonês Rafal Sonik #252, o Supersonic que já venceu o Rally dos Sertões.
De Honda TRX 700 dois nomes, o argentino Lucas Bonetto #253 e o holandês Sebastian Husseini #255.
De CanAm Renegade 800 o chileno Sebastian Palma #254 e o argentino Daniel Mazzuco #258.
Aqui vamos começar analisando o placar de vitórias: Kamaz 12, Tatra 06, Mercedes Benz 05, Perini 04 e uma vitória para cada Iveco, MAN, DAF, Hino, Sonacome (uma fabricante de caminhões na Argélia) e Acmat (uma subsidiária Renault de veículos militares)
De volta comandando os quatro caminhões russos o vencedor do ano passado Eduard Nikolaev #500 (Kamaz 4326 “cara chata” com declarados 850HP e 9500kg).
De volta também aquele que liderava com folga depois dos cinco primeiros dias em 2013, o holandês Gerard De Rooy #501 (Iveco Torpedo “cara comprida” com 900 HP e 8600kg) e dois Tatra da República Checa com os checos Martin Kolomy#502 (Tatra 815 “cara chata”com 900HP e 8500kg) e Ales Loprais #504 (Tatar 815-2 “cara comprida”com 920HP e 9200kg)
Estamos entendidos e todos lendo na mesma página? Já escolheram os seus favoritos e fizeram as suas apostas?
Então vamos em frente ver o que o percurso de amanhã nos reserva:
Etapa 1: Rosario > San Luis
Deslocamento: 629 km
Especial Cronometrada: 180 km
Total: 809km
Percurso igual para todos os concorrentes. Sobe de 500 metros até 2000 metros de altura em estradas estreitas típicas de WRC (rally de velocidade) da região de Córdoba. Chão de piçarras, saltos cegos, difícil de ultrapassar e traiçoeiro. Começa com o longo deslocamento para testar equipamentos e a paciência, uma típica especial domingueira. Afinal nos domingos pelas estradas de retorno dos finais de semana do mundo todo é onde se melhor testam equipamentos e relacionamentos.
No final do dia as diferenças de tempo ainda serão pequenas, mas decisivas para ter boas posições na largada da Etapa 2.
Até amanhã
Fotos: Divulgação.
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