terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Motor Quatro - Do Atlântico ao Pacífico (e de volta) a bordo de uma Amarok.

Um test-drive diferente como só a Motor Quatro poderia fazer: 8200km de percurso, com duas travessias dos Andes, para acompanhar de perto o Dakar 2011.
arco de proteção, bancos e cintos de competição

Amarok, Trippy e Iritrack
 com BFGoodrich All Terrain
 Buenos Aires, ainda lá no ano passado em 2010Dia de encontrar a Amarok pela primeira vez e conhecer de perto suas diferenças para a Amarok à venda nas concessionárias: nada além do arco de proteção (o nosso velho conhecido santo Antonio), os bancos concha, os cintos de quatro pontos, o Tripy (roteador e GPS da própria organização), o Iritrack (sistema de alarme via satélite par ser usado apenas em casos extremos), pneus BFGoodrich All Terrain e pára-barros. De resto a mesma ficha técnica da Amarok de loja que você confere no quadro anexo.
banco único traseiro e a bagagem
dois estepes, combustível de emergência, cabo e pás


Quadro Ficha Técnica
- Motor TDI 2.0 bi-turbo com sistema de injeção common-rail
- 120 kw (160.9228 HP) e 400 Nm (40.78864 kg-m) de torque a partir de 1500rpm
- Tração traseira ou tração integral 4Motion (com reduzida)
- Câmbio Manual de 6 marchas
- Peso: 2.8 toneladas
- Capacidade de Carga: 1100 kg
- Consumo médio de 7,9 L/100km (12.6582278 km/L)
- Norma européia de emissões Euro5
- Emissões de CO2 de 208g/km
- Ângulo de ataque 23º, ângulo de inclinação lateral 50º, ângulo de subida 45º
- Rodas de liga de 18”
- Airbags (lateral, frontal e cabeça) – desligados na Amarok do Dakar
- Cruise control
- ESP (Programa de Estabilidade Eletrônica ) e ABS
- Assistente de ladeira
- Garantia de 3 anos ou 100000km
- Serviço a cada 12 meses ou 20000km
As meninas da Amarok em Buenos Aires
O nascer do sol para Amarok
 Buenos Aires, 2 de janeiro de 2011, 4:15 da manhã – Hora de apertar os cintos de competição e sair em direção a Córdoba, primeira parada. O hodômetro marcava   10727 km, o termômetro da temperatura externa mostrava 22º centígrados e dentro da Amarok a temperatura estava regulada para 20º. Buenos Aires vazia como qualquer cidade que se preze a essa hora da manhã, momento de tornar evidente que os semáforos, se não houver trânsito, mais atrapalham do que ajudam. Parada para encher o tanque (que não foi entregue cheio) com 10767km.



 

Amarok - parte da paisagem na Argentina
divide o trecho de deslocamanto com o Race Touareg 3

Córdoba, 3 de janeiro de 2011 – Viagem só em auto-estreada e estrada boa: 75,16L de diesel colocados quando o hodômetro lia 11471 km (9,36 km/L). O espírito do Dakar começa a fazer efeito e a Amarok se embrenha por estradas vicinais e vai atrás de um ponto de observação da prova antes de seguir para Tucumán.




Os melhores lugares para assistir, graças à Amarok


Tucumán, 4 de janeiro de 2011Chuva, estradas de terra escorregadias e uma recepção de super star em uma entusiasmada Tucumán que fez um corredor de 1km com pessoas dos dois lados da avenida para os carros passarem: 72L no hodômetro 12077 km (11.75 km/L)




 

Jujuy, 5 de janeiro de 2011Viagem curta e rápida dos 413 metros de altitude de Tucumán até os 918 metros de Jujuy com direito a congestionamento na recepção mais calorosa de todas até aqui. A Amarok é confundida com os carros de competição e tem até que parar para dar autógrafos: 30.6L para completar o tanque no hodômetro 12333km (8,36km/L)



Calama, 6 de janeiro de 2011 Dos 918 metros de Jujuy até os 4836 metros do Passo de Jama no topo dos Andes e de volta a 2266 metros de Calama. Uma experiência única para os seres humanos (que nesse curto espaço de tempo não sofrem nada, a não ser aqueles mais impressionáveis) e para as máquinas. Lá em cima o ar rarefeito exige coragem do motor. A Amarok se comporta de maneira impressionante, só outra Amarok para acompanhá-la: 73.79L retornam o tanque à posição de cheio com o hodômetro marcando 13035km (apesar da escalada 8,9 km/L)

A descida de Iquique vista de outro ângulo

Iquique, 7 de janeiro de 2011 – Grande parte da viagem no platô central (mais de 2000 metros de altitude) em uma média de velocidade altissima e depois uma rápida descida para o Pacífico. Entre eles um desvio para ver uma passagem dos competidores em seu primeiro dia de deserto do Atacama. Na beira mar: 50L são necessários para encher o tanque aos 13470km do hodômetro (8,7 km/L)


O Pacífico sem estradas

Arica, 8 de janeiro de 2011  - Da beira mar para outra beira mar mais ao norte do Chile, só que sem estrada a beira mar. A Amarok subiu outra vez para o platô central e depois teve que descer e subir por três vezes para contornar os verdes vales produtores de frutas e verduras que intercalam a árida paisagem típica do Atacama. A última descida levou finalmente a Arica: 56L de diesel cmpletam o tanque com 13970 km no hodômetro (8,9 km/L)





O deserto do Atacama a perder de vista

Antofagasta, 9 de janeiro de 2011 – Cedinho mais uma vez o sobe-desce até chegar ao platô central que é percorrido até voltar à costa em Antofagasta. No meio do caminho (para não dizer no meio do nada) uma parada para abastecer em Maria Elena uma pequena localidade mineira. 70L colocados aos 14536 km de hodômetro (8,08km/L) mostram que média alta em altitude cobra o seu preço.


Amarok na especial
Amarok na especial
Copiapó, 10 de janeiro de 2011 – Em busca de três lugares indicados a Amarok consegue chegar a todos. Apenas o primeiro deles requer um caminho muito alternativo, a duna não deixava ninguém passar, nem mesmo os carros de competição mais atrasados. As fotos são prova irrefutável do desafio. 79L no hodômetro marcando 15503km (9km/l)

Race Touareg 3 na Laguna Verde

Chilecito, 13 de janeiro de 2011 – Mais uma saída de madrugada para cruzar os Andes de volta, desta vez pelo passo de San Juan (4750 metros de altitude). Estrada de terra até a fronteira, muita poeira, sol nascendo bem à gente para dificultar a visão e ainda a companhia de todos os carros (e alguns caminhões) que dividiam a mesma estrada de deslocamento para essa dura e linda prova de voltar á Argentina, passando pela Laguna Verde, até chegar à cidade de Chilecito (até na rádio local de Chilecito a Amarok dos brasileiros Freires, Cintra e Deliberato foi entrevistada como sendo o segundo competidor a terminar a prova. E não adiantava tentar explicar o contrário: 90L (20L do galão de reserva) foram gastos para levar o hodômetro aos 16391 km (9,86km/l) 
A Laguna Verde

San Juan, 14 de janeiro de 2011De volta às carreteras argentinas que mudaram muito pouco 30L bastam para chegar à bela San Juan com o hodômetro marcando 16665 km (9,13 km/l).

Córdoba, 15 de janeiro de 2011Apenas 12 dias se passaram desde que estivemos em Córdoba pela última vez. Parece que foi mais e ao mesmo parece até mesmo que foi ontem. Essa seqüência de cidades e atividades, de dunas e desafios, de competição e acompanhamento mexe mais do que com o nosso relógio interno, mexe com todo o nosso calendário interno: 56L para 17245 km no hodômetro (10.3 km/L)

Rosário, 15 de janeiro de 2011 – A linha de chegada do Dakar é perto de Rosário, mais precisamente no Autódromo de Baradero. De lá é apenas um deslocamento comemorativo (e põe comemorativo nisso, nem pedágio a Amarok paga além de ter sempre a preferência da polícia em cruzamentos) até Buenos Aires: 36.1L completam o tanque aos 17698 km de hodômetro (12,5 km/L) Os pampas produxzem também os melhores índices de consumo.

Buenos Aires, 15 de janeiro de 2011 – Festa, festa e mais festa. Buenos Aires é ao mesmo tempo uma velha conhecida e uma chamada de volta à realidade: 765,7 litros de diesel para percorrer 7362 quilômetros (média de 9,61 km/l!) com a Amarok conduzida por quatro diferentes jornalistas, 3030 dos quais por este correspondente Motor Quatro. Um teste único que só o Dakar pode proporcionar e só a Motor Quatro pode realizar.
Caminho de subida para o Paso de Jama no lado argentino
Dakar também é turismo
Pelo terceiro ano consecutivo o Dakar se desenrola por paisagens, estradas e desafios diferentes. Muito pouco foi repetido nos três percursos realizados, salvo a repetição das maravilhas dos desertos de Atacama e das dunas de Fiambalá. Três anos que colocaram o nome da Argentina e do Chile em evidência no mundo todo e que garantiram para eles um influxo excepcional de turistas.
Purmamarca na Argentina subindo os Andes

Vinho, mina de cobre, de lítio, de prata, de ouro, praia, surfe, windsurf, paraglide, montanhismo, pesca, heroísmo, desenvolvimento, pujança, música, folclore, pintura rupestre, lhama, gastronomia, cassino, show, guanaco, artesanato, tradição, flora, lagoas, diques, vulcões, vicunha, vegetação, paisagem insólita, montanha de toda forma e qualidade, cultura, ar puro e um céu sem fim para cada um.

Vale o desafio, o passeio e principalmente a aventura. Boa viagem real ou virtual. 
com Amarok
Por Carlos Lua Cintra Mauro
Textobras
material exclusivo para a Motor Quatro