O autor de "Pequenas Agências, Grandes Resultados" esteve em Fortaleza, Ce, onde lançou seu livro e compartilhou sua experiência com as agências locais. Aqui, ele compartilha algumas dicas importantes para a saúde de qualquer negócio.
Fortaleza, Ce, 14 de setembro - Na última segunda -feira, um expert no mercado publicitário nacional esteve no Ceará. Antônio Lino Pinto, sócio do Grupo Talent, Vice-Presidente da Abap, Diretor da Fenapro, e seu representante junto ao Conselho Executivo do Cenp, ex-presidente e atual diretor do Sindicato das Agências de Propaganda de São Paulo, passou por aqui para dividir informações, dar dicas e ajudar quem tem interesse em qualificar melhor a saúde financeira de sua agência. Com esse intuito, o Sinapro-Ce promoveu um workshop para as agências filiadas e cerca de 30 pessoas participaram do evento. Administradores, proprietários e gestores da área financeira das principais agências locais estiveram presentes.Em meio a tudo isso, uma pergunta reinou: afinal, se considerarmos as grandes agências nacionais e compararmos com o tamanho das agências locais e regionais, como podemos definir o que é uma pequena, ou média agência?
Partindo deste princípio, segue abaixo um bate papo rápido e esclarecedor com nosso convidado.
Sinapro-Ce: O título do seu livro, "Pequenas Agências, Grandes Resultados", deixa claro que seu foco é trabalhar informações de gestão financeira para pequenas e médias agências. Sendo assim, como você define o tamanho de uma agência?
A.L.: A idéia do título é mais para deixar claro que não estamos falando de grandes agências internacionais, mas que são informações para agências com porte entre 20 e 50 funcionários, que ainda estão em fase crescente, de aprendizado. Porém, a realidade ali apresentada é válida para o dia a dia de qualquer agência que queira crescer saudável e estar atenta à sua área de gestão financeira.
Sinapro-CE: Quais são os maiores pecados ligados a área de gestão financeira na área da publicidade?
A.L.: Dentro das palestras que tenho feito surge muito a questão da falta de controle, da terceirização da contabilidade, que sempre deve ter um acompanhamento atento, ativo, que deve estar sendo feito continuamente, e a falta de projeções futuras. Muitas vezes as coisas vão mudando, ganhando novas perspectivas e as pessoas não se atém a necessidade de planejamento à longo prazo. São descuidos que o empresário não pode ter, independente do tamanho dele.
Sinapro-Ce: Então o que falta é um plano de negócio que seja não apenas eficiente, mas periodicamente revisto?
A.L.: O Plano de negócio precisa ser revisto sempre, tanto que coloquei no livro a pesquisa do Sebrae que informa que um terço das empresas abertas no Brasil desaparecem no ano da sua fundação. Dos seis principais pontos responsáveis por estas falências, três tem haver com gestão. São eles: despreparo, não antever situações futuras, e não estar atento a economia, suas variáveis e como se situar frente a isso. O que falta na maioria das empresas é o dono ter isso como um projeto, porque se o dono não gostar disso e não se interessar, o financeiro fará o que entender por melhor. Não adianta ter receita, ter clientes e não ter uma boa gestão financeira. O que entrar por um lado poderá sair fácil por outro, por falta de atenção, e aí facilmente pode tornar-se em prejuízo.
Sinapro-Ce: Então é fundamental ter metas à alcançar.
A.L.: Sim, facilita tudo. Na Talent, agora em setembro, já estamos fazendo o budget de 2012. Assim, já começamos a ter uma noção bem avançada de como será nosso ano. A perspectiva futura nos capacita a prever se vai ser bom ou não. Em relação a 2011, nos já conquistamos o que almejamos, então novas metas motivacionais foram criadas para agitar equipes e estimular nossa produtividade. Isso acontece simultâneamente ao planejamento de 2012, porque ao trabalharmos com o horizonte mais longo, ficamos mais aptos a operar com mais tempo hábil e prever quaisquer mudanças.
Sinapro-Ce: Toda grande agência um dia foi pequena, qual a receita de sucesso da Talent?
A.L.: A Talent começou em 1980 sem nenhum cliente. O Júlio ( Júlio Ribeiro, Presidente e fundador da Talent) tem isso nos livros dele. Era ele, uma secretária e um motorista. No segundo ano, já estávamos entre as 20 maiores agências. Em 2000 chegamos a ser a segunda maior agência do país, e este ano vamos ficar entre as 10. Eu fui um dos primeiros a entrar na Talent, fruto da idéia do Júlio de ter um parceiro apto a lidar com a área financeira. Ele já vislumbrava além do tripé bom atendimento, boa mídia e bom planejamento. Era preciso tudo isso aliado a um bom gestor. Este ano nosso faturamento deve girar em torno de 1,2 bilhão com 18 clientes. Trabalhamos com um mix muito bom. Não temos nenhum cliente que represente mais de 20%. Temos pelos menos 6 clientes que representam 56% da receita e os outros equilibram o restante.
Sinapro-Ce: O seu melhor conselho então, é?
É preciso uma visão centrada no cliente, afinal sem cliente e sem faturamento não há gestão. A dica mais importante é ficar atento. Para alguns pode até ser um assunto chato, mas é preciso aprender, manter reuniões períodicas, se possível quinzenais. Cobrar um budget, um fluxo de caixa, não mata ninguém. Depois de fazer a tarefa de casa, vai lá e toma um chopinho para relaxar. Porque basta você olhar para qualquer grande agência que é fácil perceber: o segredo não é apenas um grande criativo, é um conjunto, onde cada setor contribui com competência para o sucesso do todo.
Em breve
O Sinapro-Ce trará mais novidades, informações e novos eventos. Aguarde!
A.L.: A idéia do título é mais para deixar claro que não estamos falando de grandes agências internacionais, mas que são informações para agências com porte entre 20 e 50 funcionários, que ainda estão em fase crescente, de aprendizado. Porém, a realidade ali apresentada é válida para o dia a dia de qualquer agência que queira crescer saudável e estar atenta à sua área de gestão financeira.
Sinapro-CE: Quais são os maiores pecados ligados a área de gestão financeira na área da publicidade?
A.L.: Dentro das palestras que tenho feito surge muito a questão da falta de controle, da terceirização da contabilidade, que sempre deve ter um acompanhamento atento, ativo, que deve estar sendo feito continuamente, e a falta de projeções futuras. Muitas vezes as coisas vão mudando, ganhando novas perspectivas e as pessoas não se atém a necessidade de planejamento à longo prazo. São descuidos que o empresário não pode ter, independente do tamanho dele.
Sinapro-Ce: Então o que falta é um plano de negócio que seja não apenas eficiente, mas periodicamente revisto?
A.L.: O Plano de negócio precisa ser revisto sempre, tanto que coloquei no livro a pesquisa do Sebrae que informa que um terço das empresas abertas no Brasil desaparecem no ano da sua fundação. Dos seis principais pontos responsáveis por estas falências, três tem haver com gestão. São eles: despreparo, não antever situações futuras, e não estar atento a economia, suas variáveis e como se situar frente a isso. O que falta na maioria das empresas é o dono ter isso como um projeto, porque se o dono não gostar disso e não se interessar, o financeiro fará o que entender por melhor. Não adianta ter receita, ter clientes e não ter uma boa gestão financeira. O que entrar por um lado poderá sair fácil por outro, por falta de atenção, e aí facilmente pode tornar-se em prejuízo.
Sinapro-Ce: Então é fundamental ter metas à alcançar.
A.L.: Sim, facilita tudo. Na Talent, agora em setembro, já estamos fazendo o budget de 2012. Assim, já começamos a ter uma noção bem avançada de como será nosso ano. A perspectiva futura nos capacita a prever se vai ser bom ou não. Em relação a 2011, nos já conquistamos o que almejamos, então novas metas motivacionais foram criadas para agitar equipes e estimular nossa produtividade. Isso acontece simultâneamente ao planejamento de 2012, porque ao trabalharmos com o horizonte mais longo, ficamos mais aptos a operar com mais tempo hábil e prever quaisquer mudanças.
Sinapro-Ce: Toda grande agência um dia foi pequena, qual a receita de sucesso da Talent?
A.L.: A Talent começou em 1980 sem nenhum cliente. O Júlio ( Júlio Ribeiro, Presidente e fundador da Talent) tem isso nos livros dele. Era ele, uma secretária e um motorista. No segundo ano, já estávamos entre as 20 maiores agências. Em 2000 chegamos a ser a segunda maior agência do país, e este ano vamos ficar entre as 10. Eu fui um dos primeiros a entrar na Talent, fruto da idéia do Júlio de ter um parceiro apto a lidar com a área financeira. Ele já vislumbrava além do tripé bom atendimento, boa mídia e bom planejamento. Era preciso tudo isso aliado a um bom gestor. Este ano nosso faturamento deve girar em torno de 1,2 bilhão com 18 clientes. Trabalhamos com um mix muito bom. Não temos nenhum cliente que represente mais de 20%. Temos pelos menos 6 clientes que representam 56% da receita e os outros equilibram o restante.
Sinapro-Ce: O seu melhor conselho então, é?
É preciso uma visão centrada no cliente, afinal sem cliente e sem faturamento não há gestão. A dica mais importante é ficar atento. Para alguns pode até ser um assunto chato, mas é preciso aprender, manter reuniões períodicas, se possível quinzenais. Cobrar um budget, um fluxo de caixa, não mata ninguém. Depois de fazer a tarefa de casa, vai lá e toma um chopinho para relaxar. Porque basta você olhar para qualquer grande agência que é fácil perceber: o segredo não é apenas um grande criativo, é um conjunto, onde cada setor contribui com competência para o sucesso do todo.
Em breve
O Sinapro-Ce trará mais novidades, informações e novos eventos. Aguarde!
Zarhi El Malek
Tel. + 55 85 8120-0123
Tel. + 55 11 7885 3877
Tel. + 55 85 3276 5771
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