domingo, 10 de janeiro de 2010

Amarok Logbuch #12 – O caminho de volta



Depois de chegar ao seu ponto máximo (em termos de Latitude) na cidade de Iquique, o Dakar 2010 começou o seu caminho de volta para Buenos Aires ‘descendo’ para o dia de descanso em Antofagasta. É a etapa mais longa (600km de especial, 641 totais) dessa duríssima edição de número 32 do Dakar, uma que além das dunas envolve um salar, a parte de deserto com ‘sal a gosto’. Para termos uma idéia, em termos de distância tomando como referência a Latitude, é como se saíssemos da Serra da Canastra em Minas e fossemos rumo Sul até Caraguatatuba no Litoral Norte de São Paulo, desviando um pouco para passar pelas salinas de Cabo Firo. Um dia duro que ao seu final tem a sensação do dever cumprido pela metade e a promessa maior de um dia inteiro de descanso antes de continuar.


VW Race Touareg 2: animados mas prudentes.
Um dia que consagrou a dupla Nasser Al-Attiya/Timo Gottschalk que resolveu atacar e depois de vencer a Etapa 7 com um tempo de 5h41m conseguiu descontar 4m21s da dupla líder Carlos Sainz/Lucas Cruz. Mark Miller/Ralph Pitchford ficaram com 4ª colocação para manter os três Race Touareg 2 nas três primeiras posições. A dupla Giniel DeVilliers/Dirk Vom Zitzevitz, mesmo carregando 100kg de peças sobressalentes (para eventualmente ajudar os outros 3 Race Touareg 2 que largaram à sua frente, chegou em sexto e já está em 12º na Classificação Geral. Uma performance que naturalmente deixou a todos da Equipe VW animados, mas que não os deixou abandonar a prudência. Todos sabem que no Dakar é preciso “Esperar o Inesperado” e como definiu bem de forma sucinta, objetiva e fria Carlos Sainz “Terminamos apenas metade do rally e a disputa dentro de casa e contra as dificuldades vai continuar durante mais sete dias.
Maurício Neves ainda no hospital para observações e reclamando do dreno que incomoda muito segue para o Brasil na próxima 2ª feira e Clécio Maestrelli, muito solicitado para explicar o acidente da véspera: Foi de repente em um trecho não sinalizado, pegamos uma depressão escondida pela areia fesh-fesh e o carro foi catapultado, capotando de frente. Foi uma pena abandonar assim, mas são coisas de Rally em espacial, coisas do Dakar. Eu não sofri nada e mesmo assim passei uma noite no hospital, o Maurício com quatro costelas quebradas fica lá mais uns dois dias. Clécio também volta para o Brasil neste sábado.






Amarok – Eu vou, eu vou...
Durante perto de 9 horas na estrada as Amarok tiveram um dia movimentado em busca de lugares privilegiados para observar a passagem dos competidores. Em uma excursão atrás dos pontos de acesso permitidos as 7 Gigantes da VW rodaram pelas minas da região em estradas e fora delas sob um sol entusiasmado, escoltado por um calor animado e um vento bem disposto de mais de 20 nós. Faltou só a trilha sonora assobiada do Eu vou, eu vou...” O garimpo deu resultado e de duas “arquibancadas” naturais o Dakar se mostrou como é de verdade para cada uma das Amarok.



Por Carlos Lua Cintra Mauro – De volta a Antofagasta que saiu perdendo feio na comparação com Iquique tanto em termos visuais (a chegada em Iquique que vocês podem ver na foto do Race Touareg 2 no topo da duna final de descida antes da largada com o Pacífico de moldura) como em hospitalidade e clima. Mas sua condição de fronteira do Norte mineiro garantida pela abundância de cobre, promessa de ouro e prata e futuro de lítio a faz reviver o seu passado de glória com o salitre enquanto batalha para construir condições melhores para todos. Investindo no futuro com a sua Universidade del Mar deuxa claro que além das minas volta os olhos para as ciências do mar, a pesca e a aquacultura.




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