terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Entrevista Exclusiva com Carlos Sainz em Antofagasta, Chile, dia de Descanso do Dakar 2010





Você vive sempre com pressa?

Sou bastante impaciente e vivo sempre com pressa. É uma boa aspiração.


Você já disputou alguns dos campeonatos mais prestigiados do mundo. Existe algum sonho que quer realizar?
Existe um objetivo, que é o Dacar. Por isso estamos aqui.

Existe alguma coisa em sua carreira que, se você pudesse mudar, mudaria?
Sim, sempre. Lembro pelo menos de uma decisão que não foi acertada e se transformou em um ano perdido na minha carreira [em 1993, quando trocou a equipe Toyota por um time particular, o Lancia Jolly Club, e não conquistou nenhum resultado expressivo]. Mas o tempo não pode voltar para trás.

Qual foi o maior susto que você sofreu em sua carreira?
Tive bastante acidentes. mas acontece que eles são muito rápidos e você não se dá conta, mas também tive muita sorte, já que nunca me machuquei muito e me saí bem.

Qual foi sua melhor atuação da carreira?
Gosto muito do Rali da Suécia.

De todos os carros que você pilotou, qual o que você considera melhor?
Já andei em muitos carros de épocas diferentes e cada um se adaptou ao seu tempo. Eu pegaria coisas diferentes de cada um e faria um carro muito especial.


A F-1 chegou a estar em seus planos?
Não, realmente não. Quando comecei a correr havia a opção de competir em pistas ou ralis, mas na Espanha não havia circuitos e praticamente não tinha campeonatos de fórmula, nada, e segui minha direção para estar aqui.

Como você vê o WRC nos dias de hoje?
O Mundial de Rali passou por uma transformação nos dias de hoje e, no futuro, devia retomar suas origens. Não 100%, mas algumas coisas, como carros mais espetaculares e ralis não tão curtos e concentrados.

Conte um pouco do projeto, o Carlos Sainz Karting. Você pretende expandí-lo para outros países?
São dois kart indoor que tem em Madrid, lúdicos, que não servem para competição, mas apenas para divertir. Se algum outro país estiver interessados, estamos aí.


Como fica o coração de pai ao ver seu filho seguindo seus passos?
É pior estar do lado de fora que pilotando, claro. Mas acredito que as experiências nas corridas me ajuda a entender melhor o que passa.

E como você o analisa dentro das pistas? Como você o ajuda?
Creio que o bom de meu filho é que ele decidiu ir para os monopostos, e não para os ralis. Não haverá comparações com o pai. Em segundo lugar, ele tem 15 anos, começará a correr na F-BMW, e só ele, o tempo, vai alimentar onde pode chegar. No momento ele anda bem, em todas as vezes foi bem, e temos que esperar.

Se pudesse descrever sua carreira em uma palavra, qual seria?
[Para e pensa por alguns segundos] Diferente.

Veja na íntegra o vídeo

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